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8 indicadores financeiros mais importantes para uma imobiliária

Indicadores financeiros para imobiliária

Os indicadores financeiros são métricas importantes que ajudam qualquer negócio a entender o mercado e tomar decisões razoáveis e estratégicas. O setor imobiliário não está fora dessa lógica.

Um dos importantes fatos sobre o mercado imobiliário é que todo profissional do setor precisa estar a par das tendências de consumo, dos problemas econômicos e de fatores sociais que afetam profundamente os resultados da empresa.

As imobiliárias que fecham os olhos para essa realidade podem perder muitas oportunidades e até reduzir sua competitividade no mercado.

Por isso, neste artigo, vamos destacar 8 indicadores financeiros que você precisa acompanhar. Entenda como funcionam e como usar essas informações na tomada de decisões!

Indicadores financeiros — será que são tão importantes assim?

É verdade que os indicadores financeiros são uma ferramenta gerencial fundamental para você entender seu próprio negócio, identificando tendências e oportunidades. Mas sua relevância vai mais além.

Para fora das portas da empresa, índices praticados pelo mercado vão afetar diretamente seu fluxo de caixa. Afinal, são valores que interferem nos reajustes de contratos imobiliários, no preço das propriedades e nos custos de todo o processo de compra.

Isso pode ser decisivo na hora de fechar ou não uma venda. Por isso, vamos destacar aqui alguns dos principais indicadores financeiros que sua imobiliária precisa ficar atenta na hora de iniciar suas estratégias de venda.

Antes de listá-los, contudo, é preciso considerar também que esses indicadores não vão impactar somente o mercado financeiro, mas outros setores. Esse cenário da macroeconomia afeta o poder de compra dos consumidores, motivando ou desmotivando clientes em potencial a fechar um contrato. Por isso, é importante dar atenção a todos eles.

1. IGP-M

O índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) tem por objetivo principal medir a correção dos títulos do tesouro nacional. No entanto, esse indicador gerenciado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) também é adotado como base para o reajuste de preços em contratos de locação de imóveis.

O indicador é calculado com base no acúmulo dos últimos 12 meses, levando em conta o Índice de Preços do Consumidor (IPC), o Índice de Preços no Atacado (IPA) e o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC).

A FGV informa as mudanças no IGP-M com frequência. Para utilizá-lo, é bem simples. Como se trata de uma taxa de juros, é só aplicar no valor de base para chegar ao montante atualizado.

2. INCC

O Índice Nacional de Custos da Construção do Mercado (INCC) também pertence à FGV. Como o nome sugere, ele monitora os custos de construção em capitais brasileiras. Um dos aspectos que ele considera, por exemplo, são os preços cobrados por especialidades de mão de obra. Dessa maneira, é usado para reajustar valores em contratos de venda de imóveis novos, especialmente aqueles ainda em planta.

3. CUB

O Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB) também é voltado à construção, mas dessa vez é calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). O informe mensal é amplamente utilizado por incorporadoras de imóveis ao prever custos de obra, por isso, é um indexador atrelado a contratos de propriedades em construção.

Para chegar a esse índice, são considerados os preços dos materiais empregados em projetos padrão de três tipos: indústria, comércio e residências. Com isso, chega-se a um índice calculado por m², bastando multiplicar pela área a ser construída. Será preciso também somar custos não acolhidos por esse indicador, como processos burocráticos e regulamentações.

4. Taxa Selic

Selic é a Taxa Básica de Juros da Economia definida pelo Banco Central. Ela serve para controlar o crédito, manter a inflação sob controle e, assim, regular a economia. Por isso, é um dos indicadores financeiros mais importantes para o setor imobiliário, sobretudo pela questão do crédito.

Quando a Selic está em alta, obter capital fica mais difícil. Por outro lado, com sua redução, o mercado consumidor fica aquecido para adquirir imóveis financiados. E como isso pode afetar a estratégia da imobiliária e de seus corretores?

Quando a taxa básica de juros está alta, o melhor é focar em locação — o aluguel de temporada, por exemplo. Afinal, nesse cenário, são poucos os que buscam por crédito. Quando o crédito estiver mais atraente, porém, apostar na venda de imóveis é uma ótima estratégia.

5. INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é calculado pelo IBGE e extraído de cálculos baseados em outros indicadores. Seu objetivo é revelar como anda o custo de vida de famílias brasileiras com renda entre 1 e 5 salários mínimos mensais. Ele pode ser usado pelas imobiliárias para reajustar contratos de imóveis prontos.

A coleta de dados para formar o indicador é feita em imóveis residenciais e comerciais e com prestadores de serviços — entre o primeiro e o último dia de cada mês em 13 capitais brasileiras. A média do custo considera grupos básicos de despesas, como saúde, transporte, alimentação, vestuário e educação.

6. IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também é calculado pelo IBGE e visa a medição da inflação. A ideia é avaliar a variação nos valores cobrados por produtos e serviços, que ocorre por causa da relação entre oferta e demanda.

Esse indicador financeiro impacta o fluxo de caixa das imobiliárias de diferentes formas. Primeiro, ele é utilizado pelo Governo Federal, de modo que isso vai afetar os investimentos em imóveis. Segundo, o IPCA informa o nível do custo de vida do consumidor. Se estiver alto, o poder de compra cai, e isso vai interferir na capacidade de alugar ou comprar imóveis.

7. IVG-R

O Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados (IVG-R) é divulgado pelo Banco Central. Ele é usado para calcular valores de imóveis financiados a pessoas físicas nas seguintes regiões metropolitanas: 

  • Belo Horizonte;
  • Brasília;
  • Belém;
  • Curitiba;
  • Fortaleza;
  • Goiânia;
  • Porto Alegre;
  • Recife;
  • Rio de Janeiro;
  • Salvador;
  • São Paulo.

8. ICC

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é um indicador que tenta calcular um aspecto mais subjetivo do brasileiro paulistano: a forma como ele vê sua condição própria financeira e a situação econômica do país.

O índice varia de 0 a 200 e é calculado com base em perguntas feitas a 2.200 consumidores da capital de São Paulo. A pesquisa pode revelar dados importantes, como intenções e percepção de compra de itens duráveis no próximo mês.

É importante analisar esses indicadores financeiros e enxergar além dos números. Eles são imprescindíveis para determinar a temperatura do mercado e a inclinação de compra dos consumidores. Com base nesses dados, a imobiliária poderá entender quais estratégias são mais interessantes no momento. Vale ressaltar que essa é uma habilidade que se desenvolve com experiência e atenção ao mercado.

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