O mercado imobiliário é um dos mais conhecidos e importantes para o desenvolvimento econômico do país, afinal, gera grandes receitas e emprega milhões de pessoas. Entretanto, para comprar um imóvel é preciso se atentar ao INCC. 

Conhecido como o índice que tem a função de medir a variação dos custos, garantindo que os reajustes sejam feitos de acordo com a variação do mercado. Portanto, um medidor que impacta diretamente no valor final do investimento. 

Pensando nisso, preparamos o conteúdo a seguir com tudo o que você precisa saber sobre ele. Entenda a sua função e como ele surgiu, sua importância, suas diferentes modalidades e claro, como fazer o cálculo.

INCC: o que é?

De modo geral, o INCC, abreviação para Índice Nacional de Custo e Construção, é calculado de forma mensal pela renomada Fundação Getúlio Vargas, FGV. Com isso, se torna um importante mediador para apresentar a variação dos custos de construção. 

Ou seja, leva em consideração a diferença mensal de preços de materiais, mão de obra e diversos outros elementos que envolvem a construção no Brasil. Vale destacar que o INCC tem como base 7 capitais do país. 

São elas: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Recife, Salvador e Porto Alegre. Portanto, são as cidades que ditam o índice de custo de construção de todo o Brasil, determinando possibilidades de compra tanto para construtoras quanto pessoas físicas.

Com isso, aprender sobre ele é fundamental para entender sobre suas capacidades de investimento. A partir disso, poder alinhar suas expectativas com suas possibilidades, delimitando poder de investimento, parcelamentos e até tipo de negociação. 

Qual sua importância?

De modo geral, a principal função do INCC é apresentar uma possibilidade de melhorar o planejamento financeiro de investidores, construtoras e pessoas físicas em geral. Afinal, um empreendimento com um prédio costuma levar mais de um ano para ficar pronto. 

Ou seja, é impossível não realizar um reajuste de preço para seguir o desenvolvimento econômico do país. Com isso, é uma forma de assegurar que nenhuma das partes do negócio saiam prejudicadas. 

Portanto, serve como base tanto para construtoras quanto para clientes, que conseguem ter a dimensão de variações, com garantias de não sofrer aumentos abusivos. De modo geral, é importante para adequar os pagamentos de acordo com o preço mensal da construção. 

Tipos de INCC

Agora que você já entende o conceito geral e importância do INCC, vamos conhecer 3 modalidades que ele pode se dividir. A grande diferença entre elas é a data utilizada para a coleta de dados. 

O primeiro tipo de INCC é o DI, que tem como o primeiro e último dia do mês de referência. Outro fator importante dessa modalidade é que para o cálculo da FGV são levados em conta apenas oscilações de preços internos. 

Com isso, produtos, equipamentos e fatores externos, como exportação, não são colocados  no cálculo. Já o INCC-10 leva em consideração o período do dia 11 do mês anterior até o dia 10 do mês de referência. 

Para isso, a sua base é a variação do custo de materiais utilizados na construção. Por fim, o INCC-M tem como referencial o dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês de referência. Além disso, considera todos os fatores para a variação, tanto internos quanto exportações.

A soma de todos esses valores é a inflação acumulada no setor durante um período de 12 meses. O que consegue oferecer uma visão completa sobre a variação de custo para construção ao longo dos anos. 

Como calcular o INCC?

O cálculo para o INCC é bastante simples e é preciso apenas ficar atento à tabela mensal apresentada pela FGV. De modo geral, para saber o valor do mês é preciso usar como referência o INCC de dois meses anteriores. 

Ou seja, caso o reajuste seja feito em setembro, você precisa pegar o índice do mês de Julho. Com isso, você precisa apenas multiplicar o percentual apresentado pelo saldo devedor. 

Para facilitar seu entendimento, preparamos o exemplo a seguir e utilizamos como base os dados de 2022. Em julho de 2022, o INCC apresentado pela Fundação Getúlio Vargas foi de 0,86%. 

Caso você tenha realizado um financiamento de 400 mil reais e ainda falta metade para quitar a dívida, o valor reajustado segundo o INCC será: 200 mil x 0,0086, com um resultado de 201.720 reais.

Ou seja, um acréscimo de 1.720 reais a serem diluídos nas parcelas restantes do seu financiamento. Vale destacar que o reajuste não pode ser tratado como juros e sim como uma maneira de acompanhar a variação do mercado. 

O que influencia no valor do INCC?

De modo geral, são vários os fatores que impactam no INCC, mas os principais são escassez de materiais e demanda por imóveis. 

Por isso, ele está ligado diretamente à variação econômica do país, desde os custos com alimentos que encarecem a mão de obra à baixa quantidade de materiais. A necessidade de novas moradias durante a pandemia, por exemplo, fez o INCC subir.

 

Por isso, com todas as informações apresentadas no texto, é possível entender o que é INCC. Assim, compreender sua importância para garantir o acompanhamento da variação de preços e do custo de uma construção. 

Portanto, assegurar que tanto as construtoras quanto os compradores cumpram com suas obrigações. Afinal, um prédio demora mais de um ano para ser feito, durante esse tempo os materiais e mão de obra aumentam e o custo precisa ser repassado ao cliente.

Para calcular o INCC, a FGV toma como base as médias de sete capitais do Brasil, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife e Belo Horizonte. Para calcular o reajuste é levado em consideração o INCC de dois meses anteriores ao mês de referência. 

Agora que você já sabe tudo sobre o assunto, já pode realizar um planejamento financeiro mais completo para realizar o sonho de comprar um imóvel.